Deixou o Esplendor da Sua Glória!

 Deixou o Esplendor da Sua Glória!
Dr. Silmar Coelho é casado com Janice Coelho há mais de 38 anos. É pai de 4 filhos, Tiago, Filipe, Lucas e Cristine.  Avô de 8 netos, Ana Lia, Giovanna e Serena, Pedro Filipe e Arthur, Luka, Lis e Leo. Tiago e Lucas são pastores.
Dr. Silmar Coelho é casado com Janice Coelho há mais de 38 anos. É pai de 4 filhos, Tiago, Filipe, Lucas e Cristine. Avô de 8 netos, Ana Lia, Giovanna e Serena, Pedro Filipe e Arthur, Luka, Lis e Leo. Tiago e Lucas são pastores.

Liderar não é apenas ajudar necessitados e aliviar o sofrimento de alguém. JESUS, sendo Deus, poderia apenas ter enviado certo alívio para a humanidade ou enviado um dos seus anjos para morrer pelos homens. Tenho certeza que Deus, se quisesse, descobriria uma maneira de salvar os seres humanos sem precisar morrer por eles. Porém, Deus não somente queria resolver o problema, Ele se envolveu com ele. Desceu da sua glória – o Criador virou criatura; tornou-se carne; o Imortal abandonou a imortalidade; Aquele que gera foi gerado; o Deus que tudo sustenta, tornou-se dependente da mulher que havia criado, dentro do seu ventre. Deus que é atemporal, entrou no tempo, permitiu que o torturassem e matassem, tomando sobre si todo o sofrimento é pecado que jamais poderia cometer.

 Talvez você pense, “não sou Deus para tomar essas atitudes. Moisés também não o era. Homem igual a nós, entendeu o verdadeiro sentido da liderança. Muito antes de JESUS ensinar misericórdia, altruísmo, negar a si mesmo, e tomar sua cruz, Moisés teve as mesmas atitudes de Cristo. Vivia rodeado de todo o conforto, pompa e dignidade da casa do Faraó, onde “o gozo do pecado” e “os tesouros do Egito” o cercavam em abundância. Prazeres que Moisés podia ter gozado se desejasse. Seria normal para qualquer outro, viver e morrer no meio da riqueza, do esplendor, e do luxo. Toda a sua vida, desde o início até ao fim, podia, se quisesse, ter sido iluminada pelo favor real. Da sua honrosa posição, Moisés viu os seus irmãos vergados sob o peso do fardo da escravidão, sofrimento, e humilhação. O chamado à liderança  levou-o a ver que o seu lugar era junto ao seu povo. Loucura? Abandonar a dignidade da sua posição, para experimentar ignomínia, escravidão, trabalho humilhante, e sofrimento atroz. Fosse ele movido apenas por bondade, filantropia, patriotismo, podia ter usado a sua influência pessoal a favor de seus irmãos; talvez conseguisse convencer Faraó a aliviar o fardo do seu povo, e tornar a sua vida um pouco mais fácil por meio de concessões reais a favor.

 Entretanto, tal atitude nunca satisfaria o coração de um verdadeiro líder. O coração que ouve o chamado de Deus não consegue apenas ajudar sem se envolver. Profissionais conseguem ajudar sem emoção; separam o problema da pessoa; permanecem a distância segura. JESUS fez-se carne e habitou entre nós. Tornou-se imundo ao tocar em doentes e mortos. Chorou, sofreu, sentiu na pele a dor da rejeição, e do escárnio. Era um coração assim que Moisés, pela graça de Deus, trazia em seu peito; e, portanto, com todas as forças e amor, lançou-se por inteiro em meio dos seus irmãos oprimidos. Escolheu antes ser maltra­tado com o povo de Deus.

 Não quero afirmar que liderar é passar trabalho e viver vida miserável, como pregam alguns. Liderar não é perder a privacidade, abrir a casa para gente que nos sufoca ou explora, ou necessita atenção o tempo inteiro. Liderar não é se doar, sem ter tempo para nada, morrendo aos poucos debaixo de fardos que nos são impostos, ou fazer voto de probreza para evitar críticas de quem exige de nós o que não está disposto a fazer.

 Mas também, liderar não é manter distância, isolar-se no púlpito, sair de fininho assim que acaba a reunião, sem tocar e deixar-se tocar. Não é viver num pedestal sem nunca descer, sem misturar-se com os pequenos e humildes. A liderança não pode apenas desejar o bem, servir ou interceder o povo de Deus. Deve estar inteiramente identificada com aqueles que lidera. Um líder não pode agir como o rei Dario, que perdeu o sono preocupado com Daniel que fora jogado na cova dos leões, mas sua preocupação não foi forte o bastante para levá-lo a reparar a injustiça e livrar da boça dos leões o inocente.

Liderar não é ensinar renúncia sem experimentá-la. Na liderança só se ensina alívio depois de conhecer sofrimento; só se é usado para operar milagres depois de tocado pela compaixão; só se sobe, descendo; só se é honrado, honrando; só se vive, morrendo. É preciso ser homem de dores, que sabe o que é sofrer para poder oferecer alívio. É preciso conhecer os descaminhos para liderar pelo caminho; ter sido perdoado para perdoar; levantado do monturo, para levantar; ser iluminado pela graça para iluminar; estar disposto a dar amor para ser objeto do amor; estar junto a Cruz  para entender a missão que nos é confiada. Só então, seremos capazes de transformar a vida do nosso povo, conduzindo-o para a liberdade, e operando maravilhas que o levará a Terra Prometida.

Destake News Gospel

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