O evangelho de Jesus Cristo, a fé e a ciência

 O evangelho de Jesus Cristo, a fé e a ciência

Por Rubens Teixeira

Rubens Teixeira é pastor evangélico da Igreja Assembleia de Deus  • Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME  • Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA  • Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME  • Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ)  • Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)
Rubens Teixeira é pastor evangélico da Igreja Assembleia de Deus
• Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME
• Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA
• Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME
• Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ)
• Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)

Conversão significa uma transformação de uma situação ou condição em outra. Tratando-se de conversão religiosa, uma pessoa pode converter-se quantas vezes quiser, para a religião que quiser. Mas alguém que se converte a uma religião busca ligar-se a Deus por meio dela, desejando uma mudança em sua vida. Quando alguém se converte ao Evangelho de Jesus Cristo opta por obter uma transformação que começa em sua mente. Aceita cumprir os mandamentos de Cristo e ter uma vida, a partir de então, aos moldes do que o Mestre ensinou. Jesus Cristo deixou claro que veio para que o homem tivesse muita vida (Jo 10.10). Demonstrou o firme propósito de salvar a humanidade da perdição eterna morrendo na cruz do Calvário disponibilizando o perdão para tantos quantos o receberem. Cumprindo-se as profecias bíblicas, ressuscitou ao terceiro dia e encontra-se à destra de Deus intercedendo por nós.

A declaração de amor de Jesus Cristo pela humanidade está clara à medida que morreu voluntariamente. A demonstração de amor que espera dos homens é que estes cumpram os seus mandamentos. Quanto a isto, afirmou que demonstra amor por Ele o que guarda os seus mandamentos (Jo. 14.21). Além disso, Jesus Cristo demonstrou que gostaria sempre de estar conosco e fez questão de observar isso em duas passagens bíblicas que dizem respeito a momentos diferentes. Disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20), referindo-se a vida humana enquanto aqui na terra. Disse, ainda, que iria preparar-nos lugar para que estivéssemos com Ele eternamente (Jo 14.3), fazendo alusão à eternidade.

Ora, com uma proposta dessas, os mais atentos e prudentes buscam conhecer melhor ao Senhor Jesus. Para tal, é necessário consultar a Bíblia que conta a sua história. Aliás, a Bíblia gira em torno do plano da salvação do homem, portanto, tudo converge para o nosso Mestre, inclusive o Antigo Testamento. Entretanto, estudando a Bíblia, as pessoas percebem uma grande quantidade de informações. Há conhecimentos de História, Geografia, Biologia, Física e tantas outras ciências. Visto isto, o estudante da Bíblia aprende os diversos assuntos nela contidos e descobre que o aprendizado faz bem para si, motiva-se para a pesquisa de diversos assuntos, inclusive na área científica. O bom leitor melhora a escrita, melhora o vocabulário e articular de forma mais habilidosa as ideias. Partindo do esforço de conhecer ao Senhor Jesus, nasce o desejo de conhecer todas as coisas.

O conhecimento de Deus através de Jesus Cristo traz o temor ao Todo-Poderoso. Esse temor, como dito por Salomão, é o princípio da sabedoria. A pesquisa traz o conhecimento, desenvolve a inteligência ao estimular o raciocínio, e traz a sabedoria, própria dos que temem a Deus. Há uma confluência de conhecimento, inteligência e sabedoria. Por essa razão, não é raro ver pessoas simples, sem títulos acadêmicos formais, que falam com rara fluência, articulam bem as suas ideias, de forma coerente e acima dos padrões esperados por pessoas do seu nível intelectual e social. Quem atinge esse padrão e possui possibilidade de realizar cursos formais, começa a estudar e melhora sobremaneira a sua performance intelectual.

Uma das grandes dificuldades do ser humano é a mudança de hábitos. Deixar maus hábitos não é uma tarefa fácil. Quando um indivíduo se converte, lhe são passados ensinamentos que servirão de conduta para a sua vida: a responsabilidade individual pelos seus atos, pois enseja uma prestação de contas a Deus e ao grupo a que pertence; tudo isso com base em uma disciplina consciente. Com uma mudança de perfil cultural incentivado pelos ensinamentos do Evangelho, há, naturalmente, uma mudança de direção na vida das pessoas. Não necessariamente serão intelectuais os que se convertem, mas necessariamente serão responsáveis. Ainda que não sejam dos padrões de vida mais elevados, são pessoas regradas e não mais vivem de forma dissoluta. A prova disso são os testemunhos que se podem ouvir com frequência nos meios de comunicação, e alguns de pessoas que se conhece de perto.

Os intelectuais que são convertidos ao Evangelho de Jesus Cristo, ou mesmo os que se convertem após já terem a sua bagagem intelectual, aprendem que a ciência não é contraditória à fé, mas sim um caso a parte. A fé é algo espiritual e vem da convicção que cada um tem. O valor e a abrangência da fé, associados a quem, ou o que seja o fundamento da fé, podem até indicar o nível de razoabilidade da fé que cada um possui. Entretanto, o resultado da fé é que materializa o produto da convicção de cada um. A fé sem as obras é morta (Tg 2.17).

O dinamismo da ciência nada afeta a fé. As leis científicas carecem de ser provadas e a prova decorre dos experimentos ou demonstrações. A ciência trabalha no mundo material estudando os fenômenos plausíveis de análise. Por certo não interessa à ciência estudar fenômenos que não se consiga estabelecer os pressupostos. Alguns desses são produzidos pela fé. Não há conflito entre ciência e fé. São dois ambientes que devem ser vistos dentro do espectro de atividades e objetivos a que se propõem cada um. Pode-se, por exemplo, investigar a consistência entre o que diz a Bíblia e o que diz a ciência, mas as razões pelas quais cada uma conquista a confiança do homem são originárias de vertentes diferentes.

A Bíblia foi escrita para ser entendida pelos parâmetros humanos, mas busca alimentar a fé. A prova disso é que os eventos não explicados pelas ciências, que fogem à racionalidade científica, são chamados de milagres. O próprio Jesus Cristo operou vários deles e nem por isso arguiu a ciência, e nem buscou confrontá-la sobre os seus parâmetros e pressupostos.

Dessa forma, o convertido na investigação da sua fé pode passar por todos esses argumentos apresentados, mas sabe que a fé que possui funciona como um grande motivador para a busca dos seus objetivos e é propulsora da certeza de que se alcançará o que espera. Um convertido que busca conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor (Os 6.3) certamente estará agregando continuadamente valores que lhes serão importantes em toda a sua vida, pois acrescentará a sua fé e elevará o seu padrão cultural. Por essa razão é estimulado ao que se converte ao evangelho de Jesus Cristo que seja estudioso na Bíblia e que adquira conhecimentos seculares que sejam necessários à sua progressão na sua fé e também na vida secular.

 

Destake News Gospel

Destake News Gospel

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *