Parlamentares se manifestam contra uso de símbolos religiosos na parada LGBT
Deputados membros das Frentes Parlamentares Evangélicas, Católica e em Defesa da Vida e da Família, promoveram um ato durante a votação da reforma política, no Plenário da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira, 10, em protesto a utilização de símbolos religiosos cristãos na Parada do Orgulho LGBT, que ocorreu no último fim de semana, em São Paulo. No evento, uma transexual seminua desfilou pregada a uma cruz, em analogia à morte de Jesus, descrita nos evangelhos, com uma placa escrita ‘basta de homofobia GLBT.
Munidos de banner e panfletos contendo fotos divulgadas nas redes sociais, de pessoas em atos obscenos, os parlamentares se dirigiram até a tribuna bradando a palavra “respeito”.
O deputado Federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), que é um dos coordenadores da Frente Parlamentar Evangélica disse que o cristão não deve ficar inertes ao que ocorreu na Parada do Orgulho LIGHT, e que se o que os ativistas querem é respeito deveriam começar a respeitar os símbolos e fé dos cristãos. “O ato desrespeitoso e criminoso desses grupos prova que o que eles querem não é respeito, nem igualdade, muito menos direitos. O que me parecem é que querem criar uma nova raça de seres humanos sem limites, sem princípios, sem leis. Qualquer coisa que nós cristãos falamos baseados nas escrituras sagradas, e na nossa Constituição em relação às famílias e seus direitos, somos acusados de fazermos discurso de ódio. Agora a pergunta que faço é: que tipo de manifestação é essa, onde militantes zombam, destrói objetos que para católicos e evangélicos são sagrados?”, desabafou.
O deputado João Campos (PSDB-GO), ao fazer uso da palavra leu nota de repúdio. “Afrontar as crenças de milhares de brasileiros não assegura a ninguém o direito de ser igual. Não é pela força que se defende ideias, mas com a força dos argumentos. Não nos calaremos diante da atitude de intolerância”, afirmou.
Os parlamentares também criticaram o fato de a parada gay ter recebido recursos públicos federais e da prefeitura de São Paulo.
Por Jaqueline Mendes