Canadá aprova uso de vacina da Pfizer em crianças a partir de 12 anos
As autoridades canadenses aprovaram nesta quarta-feira (5) o uso da vacina Pfizer-BioNTech a partir dos 12 anos, tornando-se o primeiro país a autorizá-la para pessoas tão jovens.
“Esta é a primeira vacina autorizada no Canadá para a prevenção da covid-19 em crianças e simboliza um marco significativo na luta do Canadá contra a pandemia”, disse a conselheira médica à frente do Health Canada, Supriya Sharma, em uma coletiva à imprensa.
Além disso, “somos os primeiros no mundo a licenciar a Pfizer para idades de 12 a 15”, afirmou, acrescentando que a Grã-Bretanha e a União Europeia devem tomar a mesma decisão depois de analisar os mesmos resultados apresentados pela fabricante.
Os Estados Unidos devem autorizar a vacina Pfizer-BioNTech para uso em crianças de 12 a 15 anos na próxima semana.
Os dados de um ensaio clínico nos Estados Unidos envolvendo mais de 2.000 jovens que receberam duas doses mostraram que o imunizante é tão seguro para adolescentes quanto para adultos, acrescentou Sharma.
Não houve casos da covid-19 entre as crianças vacinadas. Em adultos, demonstrou ser ao menos 95% eficaz na prevenção de infecções.
A vacina foi autorizada em dezembro para uso em canadenses com 16 anos de idade ou mais.
Outros fabricantes das quatro vacinas autorizadas no Canadá (além da Pfizer-BioNTech, as outros são AstraZeneca, Johnson & Johnson e Moderna) estão conduzindo ou em preparo dos seus próprios testes em crianças de até seis meses de idade.
Sharma afirmou que a Health Canada agilizará as análises desses resultados.
Desde o início da pandemia, cerca de 20% de todos os casos da covid-19 no Canadá ocorreram em pessoas com menos de 19 anos.
Na quarta-feira, quase 1,25 milhão de pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus neste país. Mais de 24.000 morreram.
Embora as pessoas mais jovens tenham menos probabilidade de ter quadros graves por causa da covid, “ter acesso a uma vacina segura e eficaz ajudará a controlar a disseminação da doença para familiares e amigos, alguns dos quais podem ter maior risco de complicações”, explicou Sharma.
“Também contribuirá para o retorno a uma vida mais normal para nossos filhos, que passaram por momentos tão difíceis no ano passado”, disse.
Sharma esclareceu que a recomendação das autoridades de saúde canadenses é que as pessoas recebam a vacina anticovie que lhes é oferecida primeiro, depois que um painel consultivo do governo gerou confusão esta semana ao classificar as vacinas de acordo com a segurança.
“Cada vacina tem suas vantagens e desvantagens. O objetivo é vacinar o maior número possível de pessoas o mais rápido possível”, afirmou.
Casos raros de coágulos ocorreram entre as milhões de pessoas que receberam as vacinas AstraZeneca e Johnson & Johnson.
Esta semana, duas novas mortes foram relatadas nas províncias de Alberta e New Brunswick, elevando o número total de mortes por trombose no Canadá relacionadas à vacina AstraZeneca a três.
As autoridades canadenses disseram que o risco de morrer de covid-19 é significativamente maior do que a probabilidade de complicações fatais com a vacina.
*Exame