Segundo pesquisa, casamento protege saúde cardíaca das mulheres

 Segundo pesquisa, casamento protege saúde cardíaca das mulheres

Segundo pesquisa, casar ou viver com um companheiro não reduz chances de doença cardíaca em mulheres, mas sim o risco de morrer em decorrência da condição

Casamento: União com companheiro pode ajudar mulheres a lutar contra doença cardíaca, diz pesquisaCasamento: União com companheiro pode ajudar mulheres a lutar contra doença cardíaca, diz pesquisa (Thinkstock)Casar-se,  pode acrescentar anos à vida de uma pessoa. Um estudo feito na Universidade Duke, nos Estados Unidos, com 4 800 pessoas descobriu que adultos solteiros correm um maior risco de morte prematura e, portanto, são menos propensos a chegar à terceira idade do que aqueles que vivem com um companheiro. Na pesquisa, as pessoas que nunca haviam se casado tiveram mais do que o dobro do risco de morrer precocemente do que as que viviam com um parceiro. Essa chance foi 60% maior entre aquelas que já tinham sido casadas alguma vez na vida.

Um novo estudo britânico fornece mais uma evidência de que o casamento faz bem para a saúde. Segundo a pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista BMC Medicine, mulheres casadas têm menores chances de morrer por doença cardíaca do que as que permanecem solteiras.

Os efeitos do casamento sobre a saúde vêm sendo estudados por uma série de pesquisas. Um trabalho americano publicado no ano passado, por exemplo, avaliou quase 5 000 adultos e concluiu que os solteiros têm mais chances de morrer de forma prematura. Já um estudo do Instituto de Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 700 000 indivíduos e concluiu que as chances de um câncer progredir são maiores para quem vive sem um companheiro.

Análise – A nova pesquisa, feita na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, buscou entender melhor de que forma o casamento pode afetar a saúde cardíaca das mulheres. Os pesquisadores usaram dados de 734 626 mulheres com 60 anos, em média, e sem histórico de doença cardíaca que haviam participado de um levantamento nacional na Grã-Bretanha. As voluntárias foram acompanhadas ao longo de aproximadamente nove anos.

Segundo os resultados, mulheres casadas ou que viviam com um companheiro tiveram o mesmo risco de desenvolver uma doença cardíaca do que as solteiras. As comprometidas, no entanto, apresentaram um risco de morte causada pela doença 28% menor.

“Nosso estudo sugere que o casamento diminui o risco de morte por doença cardíaca não porque reduz o risco de a mulher ter a condição, mas sim porque parece mudar a sua resposta ao problema”, diz Sarah Floud, coordenadora da pesquisa. Os autores acreditam que uma possível explicação para esse achado seja o fato de maridos ou companheiros incentivarem mulheres a procurarem um médico quando elas sentem algum sintoma de doença cardíaca, além de darem apoio quando elas adoecem.

Fonte : Veja

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