A Síndrome de Geazi
II REIS 5:20-27
pastor presidente da Assembleia de Deus Betel
Advogado e Debatedor da Rádio 93 FM
Numa análise da vida de Geazi podemos encontrar o mal que nos faz a ambição e o perigo que muitos estão correndo ao cederem suas pressões tão comuns em nossos dias. O verso 20 diz que Geazi não ficou satisfeito com a decisão de Elizeu em não receber uma recompensa do Gen. Naamã e iria correr atrás deste para receber alguma coisa. Analisando o verso podemos concluir que Geazi era moço de Elizeu, mas não servo de Deus e não quis seguir o exemplo do profeta. Enquanto Eliseu procurava viver de acordo com o padrão de Deus, Geazi envolvia-se numa dissimulação (simular é fingir o que não é, e dissimular é encobrir o que é).
Geazi não se deixou influenciar pelo bom exemplo e assim como alguns outros “Geazis” tendem a avaliar as coisas pelas óticas de seus interesses e não da vontade de Deus. Ele desejou correr atrás de Naamã por entender ser este o caminho mais fácil, receber alguma vantagem.
O foco de Elizeu era glorificar a Deus e o de Geazi receber uma recompensa. O interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do seu ministério. Não podemos colocar os interesses pessoais na frente da causa do mestre, pois nossa aliança não é com o dinheiro, mas com Deus. No verso 21, ele corre atrás de Naamã em busca do prêmio e assim o seu ministério começa a ser revogado por uma corrida na contramão de Deus, pois impulsionado pela cobiça, corria em busca do sucesso financeiro, mas pelo caminho fácil. Deus não tem compromisso com o nosso sucesso, tampouco, responsabilidade pelo nosso fracasso, a rigor tudo é resultado das escolhas que fazemos. A ambição cega a visão e conseqüentemente apaga a luz espiritual, assim é que o ultimo dos dez mandamentos é: Não cobiçarás.
Quem transgride este mandamento coloca sob tentação os outros mandamentos, assim, a vida espiritual de Geazi estava se degenerando e esse episódio foi o ponto culminante da sua desgraça, ele afasta a mulher quando ela se chega ao profeta; não teve nenhum poder para curar o menino mesmo com o bordão de Eliseu, pois a motivação do seu coração era errada. O profeta tinha fé, mais Geazi era incrédulo e Deus não opera na incredulidade, assim aprendemos duas grandes lições que devem ser aplicadas a nossa vida espiritual: 1ª Não existe uma cobertura espiritual para motivações erradas; 2ª não existe uma maneira certa de fazer a coisa errada.
Que Deus nos guarde da ambição.
Pr. Paulo Affonso Generoso