Segundo pesquisa, casamento protege saúde cardíaca das mulheres
Segundo pesquisa, casar ou viver com um companheiro não reduz chances de doença cardíaca em mulheres, mas sim o risco de morrer em decorrência da condição
Um novo estudo britânico fornece mais uma evidência de que o casamento faz bem para a saúde. Segundo a pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista BMC Medicine, mulheres casadas têm menores chances de morrer por doença cardíaca do que as que permanecem solteiras.
Os efeitos do casamento sobre a saúde vêm sendo estudados por uma série de pesquisas. Um trabalho americano publicado no ano passado, por exemplo, avaliou quase 5 000 adultos e concluiu que os solteiros têm mais chances de morrer de forma prematura. Já um estudo do Instituto de Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 700 000 indivíduos e concluiu que as chances de um câncer progredir são maiores para quem vive sem um companheiro.
Análise – A nova pesquisa, feita na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, buscou entender melhor de que forma o casamento pode afetar a saúde cardíaca das mulheres. Os pesquisadores usaram dados de 734 626 mulheres com 60 anos, em média, e sem histórico de doença cardíaca que haviam participado de um levantamento nacional na Grã-Bretanha. As voluntárias foram acompanhadas ao longo de aproximadamente nove anos.
Segundo os resultados, mulheres casadas ou que viviam com um companheiro tiveram o mesmo risco de desenvolver uma doença cardíaca do que as solteiras. As comprometidas, no entanto, apresentaram um risco de morte causada pela doença 28% menor.
“Nosso estudo sugere que o casamento diminui o risco de morte por doença cardíaca não porque reduz o risco de a mulher ter a condição, mas sim porque parece mudar a sua resposta ao problema”, diz Sarah Floud, coordenadora da pesquisa. Os autores acreditam que uma possível explicação para esse achado seja o fato de maridos ou companheiros incentivarem mulheres a procurarem um médico quando elas sentem algum sintoma de doença cardíaca, além de darem apoio quando elas adoecem.
Fonte : Veja