DIVÓRCIO e RECASAMENTO Parte 3 – Quando o adultério acontece
Quando alguém aceita a Jesus como seu Senhor e Salvador, imaginamos que o objetivo dessa pessoa é o perdão dos seus pecados, viver uma vida de intimidade com Deus e receber o direito de ter a vida eterna. Em prol de alcançar esses objetivos, ela se dispõe a largar tudo que tinha. Suas convicções pessoais. Suas amizades, etc. Para viver a verdade do evangelho, as pessoas mudam até de religião. Foi assim que aconteceu contigo?
Infelizmente percebo e reconheço que hoje em dia, nem todos se achegam à igreja evangélica com esses objetivos em seus corações. Não desejo falar sobre pessoas agora. Minha preocupação hoje é tratar sobre aqueles que vieram a Cristo em busca da verdade para as suas vidas e, por causa dessa verdade, estavam dispostos a mudar tudo em suas vidas. Você é uma dessas pessoas que tudo que mais querem na vida é a verdade? Estou perguntando isso porque muitos que um dia vieram em busca da verdade se acomodaram e permanecem na igreja apenas por conveniência. A verdade não lhe interessa mais. Agora eles são parte do sistema e se gabam de terem conseguido se ajustar a ele. Mas eu pergunto:
Se nós descobríssemos que estamos na igreja errada ou que cremos na mensagem errada, ainda teríamos força para mudar de vida, nem que para isso, se necessário, fosse preciso até mesmo mudar de religião outra vez? Sei que esta parece uma ideia inconcebível, mas é isso que pedimos das pessoas quando as evangelizamos. Vamos lá! Deixe eu lhe perguntar outra vez. Para ser perdoado, ser alcançado pela verdade e ter verdadeira comunhão com Deus, você estaria pronto para trocar de religião outra vez, se fosse necessário? Para se render à Bíblia, você ainda aceita romper com seus paradigmas pessoais?
A minha denominação (Assembleia de Deus), sempre ensinou que a única situação que legitima o divórcio é o adultério de um dos cônjuges. Essa era a nossa resposta padrão.
De um tempo para cá, alguns pastores começaram a apresentar uma nova possibilidade para o divórcio: a famosa incompatibilidade de gênio. Essa ideia maligna enfraqueceu muitos casamentos.
Hoje entendo que tanto a primeira ideia quanto a segunda são erradas. Nem a incompatibilidade de gênios nem o adultério é motivo legal para ao divórcio. Sobre a incompatibilidade de gênio, nem quero tecer comentário. Se você não combina com seu cônjuge deveria ter visto isso antes de casar. Só quero comentar aqui sobre o que fazer, quando ocorre um adultério.
Vejamos três tradicionais falas que usamos nas cerimônias de casamento que celebramos.
1 – Vocês estão sendo unidos por Deus nesse dia, portanto o que Deus uniu, não separe o homem (ou o homem não separa);
2 – Melhor serem dois do que um, porque se um cair o outro o levantará. Se dois dormirem juntos, ambos se aquentarão.
3 – As muitas águas não poderão apagar esse amor.
Como podemos interpretar o que nós mesmos falamos?
Primeiro, se o homem não pode separar o que Deus uniu, por que o adultério justificaria uma separação? O adultério é uma obra tipicamente humana e carnal. Ele não pode ter autoridade sobre uma instituição estabelecida por Deus.
Segundo, quando um cair, o outro estará do lado para levantar o caído. Quem adulterou caiu. Caiu em desgraça. Caiu em moral. É a pior queda que alguém pode viver em sua vida. Se o pacto assumido no altar propõe que o que está de pé levante o caído, é isso que deve acontecer em caso de adultério. O ofendido estará de pé para levantar o ofensor.
Terceiro, a expressão “as muitas águas” na Bíblia significa lutas, adversidades, tribulações. Que adversidade pode ser pior que um adultério? Quando ocorre um adultério num casamento, os cônjuges estão enfrentando a maior de todas as trombas d’água de suas vidas. Diante dessa aflição, a solução está no pacto de amor. Usar o amor para vencer as águas do adultério.
O verdadeiro amor lança fora todo medo. Exemplo disso são os pais. Muitos pais vivem sendo traídos por seus filhos, mas mesmo assim não desistem deles porque amam. A proposta de Deus para o caso onde existe adultério é, e sempre será, o perdão. Não é fácil, mas o perdão é o único remédio. O divórcio só vai piorar as coisas.
Que Deus nos dê a graça de não viver uma situação dessas em nossos casamentos. Mas se por acaso vivermos, que Ele nos dê forças para fazer o que deve ser feito: levantar o caído, em nome de Jesus.