Pr. Paulo Roberto – 40 anos de ministério Pastoral consolidado
Um Visionário à Serviço do Reino de Deus.
Pastor Paulo Roberto fala de sua trajetória Ministerial e conta como alcançou 40 anos de seu chamado com um ministério consolidado, firme e abundante.
Nascido em 24 de maio de 1950, natural do Rio de Janeiro, casado com Mariléa Corrêa Ramos, com quem tem possui 2 filhos, Marcus Vinicius Corrêa Ramos e Ellen Cristi Corrêa Ramos, possui bacharel em Teologia pelo Seminário Batista Sul. Formado em letras – Português e Inglês e Pastor presidente da Igreja Batista Monte Horebe há 40 anos. Presidente da junta de Educação da Convenção Batista Carioca. Secretário da Diretoria da Junta de Missões Mundiais. Tesoureiro do COMERJ e CIMEB.
Data do batismo: 12 de Dezembro de 1969 (I.B. em São Francisco Xavier)
Ordenação Pastoral: 26 de Setembro, (I.B. em São Francisco Xavier)
Posse : 1 de Dezembro (Igreja Batista Monte Horebe)
Formatura: 30 de Novembro de 1974 (Igreja Batista Monte Horebe)
Entrevista com Pastor Paulo Roberto de Oliveira .
1) Como o Evangelho chegou a casa de seus pais?
R: O evangelho chegou por intermédio de minha avó materna, Argentina Oliveira, e de minha tia, Emilia Ramos, que eram membros da Igreja Batista em São Francisco Xavier. Elas eram incansáveis em nos evangelizar, dando-nos literaturas (Evangelho de João, Bíblia, folhetos), como também em interceder constantemente em favor da nossa conversão.
2) Como foi sua conversão?
R: Aconteceu em Julho de 1969, na Igreja Batista em São Francisco Xavier. Com 19 anos, eu entrei numa crise existencial. Eu sentia um profundo vazio na alma, mas não sabia explicar a razão daquele sentimento de que faltava algo em minha vida, um propósito. Eu me perguntava, naqueles momentos de um profundo sentimento de tristeza, solidão e insatisfação: “— De onde eu venho? — Qual a minha missão nesta vida? — Para onde vou?”. Neste período, comecei a ler o Evangelho de João, que me foi oferecido por minha tia Emilia; ao ler aquelas palavras, tive o primeiro contato com Jesus; senti uma alegria inexplicável no episódio de Jesus com a mulher samaritana. Após esta experiência, fui convidado por uma pessoa para conhecer a Igreja Batista em São Francisco Xavier; naquela noite, me decidi por Cristo.
3) Como e quando foi sua chamada ao ministério pastoral?
R: Após um ano de convertido, eu estava participando de algumas conferências evangelísticas com o pastor evangelista Ebenezer Jamil. Todos os domingos, no culto da manhã, ele fazia um apelo em favor da chamada ministerial. Naquela manhã, Deus me tocou profundamente. Eu senti intensa convicção de que Deus estava me dando, de maneira clara e insofismável, a missão que Ele havia designado para minha vida, ou seja, o ministério pastoral.
4) Como foi sua formação teológica e cultural?
R: Após minha chamada ao ministério, meu pastor começou a me preparar, mentoriar, a fim de que eu ingressasse no seminário teológico. Colocou-me como professor-adjunto de uma classe da EBD, elegeu-me presidente da União de Mocidade e pôs-me à frente de uma congregação num setor do morro da Mangueira, chamado Candelária. Fui enviado no ano de 1971 para cursar bacharelado em Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, que concluí no dia 30 de Novembro de 1974. Neste período, assumi a liderança da Igreja Batista em São Francisco Xavier, pois o meu pastor havia sido convocado por Deus para assumir o ministério da PIB de Curitiba. Essa experiência à frente da Igreja Batista em São Francisco Xavier, durante 18 meses, foi marcante para o meu ministério; foi uma verdadeira escola de aprendizado para o meu futuro ministério na Igreja Batista Monte Horebe em Campo Grande. Em 1975, iniciei o curso de bacharel em Letras com especialização em Língua Inglesa e Portuguesa.
5) Como aconteceu o processo para escolher o senhor como líder da Igreja Batista Monte Horebe?
R: O pastor Roque Monterio de Andrade havia sido escolhido como pastor interino em Julho de 1974, e elegeu uma comissão de sucessão ministerial, convidando diversos pastores e seminaristas para visitar a Igreja. Eu seria o terceiro dentro da escala. Todavia, após o primeiro encontro, eles preferiram se fixar no meu nome e me convidaram em Outubro de 1971 para exercer o ministério da Igreja. Concomitantemente, pediram à Igreja Batista em São Francisco Xavier a minha ordenação ao ministério pastoral. O Concílio foi realizado, tendo como orador o pastor José dos Reis Pereira.
6) Até sua posse como novo líder, quantos membros tinha a Igreja e como era a situação e estrutura eclesiástica? Como foram seus primeiros 15 anos como líder da Igreja?
R: Quando cheguei, a Igreja possuía 174 membros. Tomei algumas atitudes as quais enumero: 1) Coordenei o recadastramento de membresia; 2) Criei uma reunião ministerial mensal; 3) Estruturei um caderno com as atribuições de cada departamento, ministério e líder, como também um regimento interno de procedimentos eclesiásticos; 4) Reformulei o Estatuto da Igreja; e 5) Implantei uma forte visão missionária no coração da Igreja.
7) Como o senhor tornou-se um líder bivocacional, mesmo já sendo um pastor em tempo integral? Por quê?
R: Devido às necessidades da Igreja, da construção do seu templo atual, como também de sua expansão territorial, os recursos eram insuficientes para a realização da visão que Deus havia me dado. Optei em “fazer tendas” por um período, tendo uma segunda atividade, porém mantendo como prioridade a atividade ministerial. Exerci diversas atividades que me ajudaram no sustento da minha família e melhoria da minha qualidade de vida. Assim, ajudei a minha amada Igreja a concentrar recursos para a realização do grande sonho, que era a confecção do seu atual templo. Este período tornou-se um grande aprendizado para mim, pois ocupei funções executivas e administrativas, que foram e são de suprema importância para o meu aperfeiçoamento ministerial. Funções exercidas: Assessor-Chefe da Associação Evangélica Brasileira; Secretário Executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telecom); Administrador Regional da Prefeitura do Rio de Janeiro em São Cristóvão; Tesoureiro Regional do Partido da Frente Liberal (PFL). Em 1998, após uma reformulação da Igreja, com respeito à visão de sustento pastoral, voltei, após 10 anos, a exercer o ministério de tempo integral, já com o templo pronto e em pleno funcionamento.
8) Quando o crescimento exponencial da Igreja começou e em que estava baseado?
R: Deus mudou a minha visão, fazendo com que a estrutura eclesiástica se transformasse de departamental para ministerial, centrada em uma ideia inovadora (com uma visão inovadora) de crescimento por meio de cultos temáticos de celebração, que foram os seguintes: Culto da Vitória da Família (segunda à noite), Tarde da Bênção (quarta à tarde), Culto da Palavra (quarta à noite), Culto da Conquista (quinta à noite), Point Horebe para Jovens (sábado à noite), Culto Souteen (sexta, uma vez por mês), como também dois novos cultos aos domingos, mais compactados, que atendessem às pessoas da Feliz Idade e pessoas com cônjuges não evangélicos; assim, conseguimos facilitar a vida desses irmãos.
9) Em seu ponto de vista, como deve ser uma Igreja saudável nos dias de hoje?
R: Uma Igreja para ser saudável tem que ter uma liderança saudável. A Igreja espelha a vida do seu líder. Uma Igreja saudável vive os cinco propósitos de Deus: Comunhão, Adoração, Discipulado, Evangelismo e Missões, e Serviço, tendo uma profunda comunhão e apascentamento através de Pequenos Grupos, e uma rica celebração centrada numa adoração contagiante e profunda ministração da Palavra, contextualizada e edificante.
10) Que visão o senhor tem para a Igreja Batista Monte Horebe?
R: A minha visão, hoje, é ter um fortíssimo ministério centrado no projeto de família, implementando a OFICINA DA FAMÍLIA, e um crescimento seguro, alicerçado na área de comunhão, discipulado e apascentamento, por meio dos Pequenos Grupos e Ministérios.
11) Quais são os seus sonhos para o futuro?
R: Preparar um plano estratégico para os próximos 50 anos de vida da Igreja. Adquirir uma área com 25 mil metros quadrados, para construção de um templo para 10 mil pessoas com centro administrativo, edifício de educação religiosa, e colégio e futura faculdade batista. Sustentar 400 missionários no Brasil e no mundo. Alcançar nos próximos 10 anos 50 mil membros, batizando cerca de 30 mil pessoas. Ter um ministério com famílias que seja referência no Brasil e no mundo.
12) Quais foram as pessoas mais importantes em sua vida nestes 40 anos?
R: Minha esposa, Pra. Mariléa, e meus filhos, Marcus Vinicius e Ellen Cristi, meus pais, irmãos e familiares.
13) Quais foram as pessoas que lhe influenciaram em seu ministério?
R: Jesus Cristo, em primeiro lugar. Meu primeiro pastor, que me batizou e me levou ao seminário, Marcilio Gomes Teixeira; o pastor que me ordenou, Roque Monteiro de Andrade; meu conselheiro, pastor José Santos; meu mentor, pastor Silas Malafaia.
14) Quais foram as maiores dificuldades que o senhor enfrentou no ministério?
R: A incompreensão dos líderes da Igreja nos primeiros 15 anos da visão que Deus havia me dado, bem como a falta de um grupo de amigos com quem eu pudesse compartilhar os meus problemas.
15) Que conselhos o senhor tem a oferecer aos líderes e pastores?
R: Esteja no centro da vontade de Deus, com profunda convicção de chamada, missão e propósito. Tenha uma forte e intensa vida com Deus, Palavra, oração e jejum. Ame loucamente a mulher da sua vida. Faça dos seus filhos a Igreja mais importante da sua vida. Seja vigilante com o seu caráter. Procure aumentar a sua capacitação de relacionamentos, gestão de pessoas e cultura bíblica, teológica e secular. Seja apaixonado pela Obra. Tudo que não é feito com paixão se torna uma rotina religiosa.
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