O Desafio da Saúde Emocional na Mulher Contemporânea
A realidade do dia a dia da mulher brasileira que trabalha, cuida dos filhos e da casa é um verdadeiro malabarismo entre múltiplas responsabilidades, um equilíbrio delicado entre deveres profissionais e pessoais. É uma jornada marcada por desafios, sacrifícios e conquistas, onde cada dia é uma batalha pela harmonia e bem-estar da família e de si mesma.
Nos momentos de desânimo, elas se questionam se estão fazendo o suficiente, se estão sendo boas mães, esposas e profissionais. A culpa, muitas vezes, é uma sombra persistente, uma voz interior que sussurra que poderiam estar fazendo mais, sendo melhores, mesmo quando já estão se desdobrando ao máximo. Você se identifica de alguma forma com essas características?
Infelizmente, em meio à correria do dia a dia, muitas dessas mulheres, guerreiras incansáveis, acabam negligenciando sua própria saúde emocional. Entre as demandas intermináveis, os compromissos inadiáveis e a busca constante pela excelência em todos os papéis desempenhados, elas se esquecem de olhar para si mesmas, de cuidar de sua própria essência.
A saúde emocional, outrora relegada a segundo plano, torna-se uma ferida aberta, um eco silencioso das batalhas não travadas, dos sentimentos não expressos, das lágrimas contidas. Vamos ver alguns dados importantes!
De acordo com a OMS, a depressão é mais prevalente entre as mulheres do que entre os homens. Estima-se que cerca de 5,1% das mulheres em todo o mundo sofrem de depressão, em comparação com 3,6% dos homens. Além disso, a ansiedade também afeta significativamente a saúde emocional das mulheres em todo o mundo.
Esses números refletem uma realidade impactante e preocupante sobre a saúde emocional das mulheres em todo o mundo. É evidente que a depressão e a ansiedade têm um impacto significativo na vida das mulheres, desde o cotidiano agitado até os momentos mais delicados, como a maternidade. Esses dados nos mostram que muitas mulheres enfrentam desafios emocionais profundos, muitas vezes sem receber o apoio necessário.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), uma das abordagens da Psicologia, parte do pressuposto de que nossos pensamentos, emoções e comportamentos estão interligados e influenciam uns aos outros. De acordo com o modelo cognitivo da TCC, a forma como interpretamos os eventos ao nosso redor, nossos pensamentos automáticos e crenças sobre nós mesmos, os outros e o mundo, desempenham um papel crucial na maneira como nos sentimos e nos comportamos.
Essa abordagem sugere que nem sempre é a situação em si que determina como nos sentimos, mas sim a interpretação que fazemos dela. Por exemplo, duas pessoas podem enfrentar a mesma situação, mas suas reações emocionais podem ser completamente diferentes, dependendo de como cada uma interpreta e avalia a situação.
Os Psicólogos ajudam os pacientes a desenvolver estratégias práticas para lidar com situações estressantes, gerenciar emoções difíceis e modificar comportamentos que possam estar contribuindo para seus problemas.
Ao mudar padrões de pensamento e comportamentos disfuncionais, os pacientes da TCC podem experimentar uma melhoria significativa em seu bem-estar emocional e qualidade de vida.
Nesse sentido, existem técnicas que oferecem ferramentas valiosas para ajudar no autoconhecimento, a resiliência e o equilíbrio emocional:
Pratique a autoconsciência emocional: Reserve alguns minutos todos os dias para se reconectar consigo mesma. Identifique e nomeie suas emoções sem julgamento. Reconheça os padrões de pensamentos automáticos que podem estar afetando suas emoções.
Desafie pensamentos negativos: Aprenda a identificar pensamentos distorcidos ou negativos que podem estar contribuindo para sua ansiedade ou depressão. Questione a veracidade desses pensamentos e busque evidências que os contradigam.
Cultive pensamentos positivos: Pratique a gratidão diariamente, identificando três coisas pelas quais você é grata. Cultive afirmações positivas sobre si mesma e sobre suas capacidades.
Estabeleça limites saudáveis: Aprenda a dizer não quando necessário. Defina limites claros em seus relacionamentos e priorize seu bem-estar emocional. Saiba que é perfeitamente aceitável e necessário cuidar de si mesma.
Pratique a aceitação e a compaixão por si mesma: Reconheça que você é humana e que cometer erros faz parte do processo de aprendizado. Seja gentil consigo mesma em momentos de dificuldade e pratique a autocompaixão.
Priorize o autocuidado: Reserve tempo para atividades que lhe tragam prazer e relaxamento. Isso pode incluir hobbies, exercícios físicos, meditação, leitura ou simplesmente descansar. Faça da sua saúde emocional uma prioridade.
Busque apoio e conexão social: Não tenha medo de pedir ajuda quando precisar. Converse com amigos, familiares ou profissionais de saúde sobre seus sentimentos e desafios. Participar de grupos de apoio pode ser reconfortante e edificante.
Pratique a resolução de problemas: Identifique os desafios em sua vida e aborde-os de maneira sistemática. Divida-os em etapas menores e mais gerenciáveis. Concentre-se em soluções práticas e realistas.
Crie um plano de ação para o bem-estar emocional: Desenvolva um plano personalizado para cuidar de sua saúde emocional. Defina metas claras e mensuráveis, estabeleça rotinas saudáveis e monitore seu progresso ao longo do tempo.
Lembre-se de que o autocuidado não é egoísta, mas sim essencial para sua saúde e bem-estar geral. Ao investir em sua saúde emocional, você está construindo uma base sólida para uma vida mais equilibrada e significativa. Nunca subestime o poder da autocompaixão e do autoconhecimento na jornada rumo ao bem-estar emocional.
Caso você perceba que suas demandas emocionais estão impactando de forma significativa seu dia a dia, busque um profissional da Saúde Mental.
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