Uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos, aponta OMS
Brasil é o oitavo país com maior número de casos, mas, em proporção ao tamanho da população, taxa nacional fica abaixo da média global
Suicídio é mais prevalente em países emergentes e pobres (Thinkstock/VEJA)
O suicídio se tornou uma epidemia de proporções globais, mata mais de 800.000 pessoas por ano e é mais prevalente — 75% dos casos — em países emergentes e pobres, não em capitais escandinavas, como a cultura popular insiste. Esses são alguns dados de um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre suicídio, divulgado nesta quinta-feira. De acordo com o estudo, a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida no mundo.
Por causa do estigma, apenas 60 dos 194 países da OMS coletam dados sobre o fenômeno. Diante dessa realidade, a entidade vai lançar-se em campanha para ajudar governos a desenhar programas de prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje, apenas 28 países têm estratégias nacionais de prevenção.
Brasil — Em termos absolutos, o Brasil é o oitavo país do mundo com maior número de casos de suicídio: O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Em proporção ao tamanho da população, no entanto, a taxa é inferior à média mundial. O que preocupa os especialistas é que esse comportamento tem crescido. Em dez anos, o número de suicídios aumentou em mais de 10% no país.
A liderança em termos de números absolutos é da Índia, com 258.000 casos por ano. A China vem em segundo lugar, com 120.000. Na terceira posição estão os americanos, com 43.000 suicídios por ano, seguidos por Rússia, Japão, Coreia, Paquistão e Brasil.
Na liderança em termos proporcionais está a Guiana, com 44 casos para cada 100.000 pessoas. A Coreia do Norte vem em segundo lugar, com 38,5 casos. Sri Lanka, Coreia do Sul e Lituânia dividem a terceira colocação, com 28 casos para cada 100.000 pessoas. Locais associados a esse comportamento, como Suécia, Finlândia e Suíça, registram taxas de 11, 14 e 9 casos para cada 100.000 pessoas. O Brasil está distante desse grupo, mas passou de 5,3 casos por 100.000 pessoas em 2000 para 5,8 em 2012. A média mundial é de 11,4 por 100.000 pessoas.